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Moliére, Brecht e Shakespeare, entre outros dramaturgos, ocupam um lugar especial na vida de Thiago Queiroz, funcionário da Secretaria Acadêmica do Barreiro, e de Michelle Martuchelli, que trabalha na biblioteca da unidade. É que os dois, nos momentos em que não estão trabalhando na Universidade, são atores profissionais. Thiago formou-se pela Escola de Teatro PUC Minas no 1º semestre de 2012 e Michelle concluiu o curso de teatro do Serviço Social do Comércio de Minas Gerais (Sesc Minas), no fim de 2010. Os dois contam que se conheceram ainda crianças, mas foi por meio do teatro que se reencontraram e tornaram-se namorados.
A trajetória de Thiago no teatro começou quando, ainda criança, participava de peças teatrais na escola e na igreja. Em 2007, apresentou o primeiro trabalho de destaque no Valores de Minas, programa do Governo de Minas e do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), que oferece oficinas de arte para jovens de escolas públicas estaduais. Depois disso, deu uma pausa no trabalho como ator e começou a trabalhar na PUC Minas no Barreiro. “São mais ou menos cinco anos trabalhando aqui. Primeiro trabalhei na Cruz Vermelha durante um ano e sete meses, e há três anos eu trabalho como funcionário." Durante esse tempo, Thiago aproveitou para fazer o Curso de Teatro da PUC Minas, o que lhe deu direito ao registro profissional de ator.
Atualmente, participa do Bendito Grupo de Teatro, composto por seis atores e pelo diretor Amaury Borges. O grupo é formado por ex-alunos da turma de teatro da PUC Minas em que Thiago se formou. Agora, ele está prestes a estrear a primeira peça desde a formatura: a comédia A Novela do Médico na Marra, com texto de Molière. “Tudo foi feito por nós, como figurino, cenário e sonoplastia. Queremos montar essa peça para ser um espetáculo de rua. Então, inicialmente vamos apresentar em praças, bares e restaurantesâ€, comenta. A peça é uma crÃtica à desigualdade social, ao machismo, ao egoÃsmo.
Já Michelle iniciou o curso de teatro do Sesc Minas quando tinha apenas dez anos. Depois de concluÃ-lo, a professora Ana Nery reuniu alguns alunos e montou os dois espetáculos dos quais participa atualmente: A Princesa Feiurinha e seu Fantástico Mistério, texto de Pedro Bandeira, e o musical Como é que se Diz eu Te Amo, texto de Carlos Renatto, ambos produzidos pela companhia Pregando Peças Produções.
Para Michelle, o maior desafio da peça Como é que se Diz eu Te Amo foi a preparação do musical. O espetáculo é uma homenagem à banda Legião Urbana e gira em torno das canções menos conhecidas do grupo. Porém, nenhum dos atores escolhidos sabia cantar e Michelle precisou aprender em pouco tempo. “A diretora escolheu os atores que se pareciam com os personagens de alguma forma. Mas ninguém nunca tinha cantado ainda. Então, ela chamou um músico para ajudar a gente nesse processo. Fizemos um workshop de três meses, ensaiamos todos os dias, durante o dia inteiro, foi tudo muito rápidoâ€, conta.
Questionados sobre como o teatro os ajuda no trabalho, os dois concordam que é uma ótima forma de desinibição. “Na PUC Minas, o teatro me ajuda muito porque de certa forma eu preciso ser extrovertido, já que converso com os professores o tempo todo. Com o teatro, você aprende a ter um contato a mais com as pessoas e esse processo de desinibição é ótimo para o meu trabalhoâ€, explica Thiago. “É bom porque a gente cresce muito. Quando eu conheci o Thiago, tinha 10 anos. Ele me abraçou e eu não abracei de volta. Eu era completamente travada, não sabia conversar com as pessoasâ€, conta Michelle. Thiago concorda, rindo: “Depois de muito tempo nós nos encontramos de novo porque um amigo meu faz o musical junto com ela. Na hora eu até brinquei 'Michele, você está sorrindo pra mim?', porque antes ela era muito tÃmidaâ€, lembra.
Projetos futuros
Como projetos futuros, Thiago pensa em fazer o Teatro Universitário (curso profissionalizante) ou curso de graduação de Artes Cênicas, ambos da UFMG. Já Michelle também pretende fazer o Teatro Universitário, mas também tem outro sonho: “Eu sou apaixonada por teatro, mas também gosto muito da área da saúde, então pretendo fazer Fisioterapia. Esses dois espetáculos de que participo ainda vão durar muito tempo. Tenho um contrato fechado de trabalho individual, só posso trabalhar com eles, então prefiro pensar no agoraâ€.
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