Newsletter da Reitoria
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais | Novembro e Dezembro de 2023 - nº 46


Dia do Funcionário e do Professor é comemorado com sessão de cinema

Guilherme Simões
Durante a comemoração, o Reitor anunciou que haverá recesso para os funcionários de 26 a 31 de dezembro
Durante a comemoração, o Reitor anunciou que haverá
recesso para os funcionários de 26 a 31 de dezembro

O Dia do Funcionário da PUC Minas foi instituído em 2015 e, desde então, o dia 14 de outubro é dedicado àqueles que ajudam a construir a trajetória de sucesso da Universidade, com esforço e dedicação. Segundo a Portaria que regulamenta a data, "para a comemoração do Dia do Funcionário da PUC Minas, deve-se estimular a realização de atividades artístico-culturais, bem como de aprimoramento das habilidades e competências do servidor". Já o dia 15 de outubro marca a comemoração do Dia do Professor no Brasil, uma homenagem aos milhares de docentes que exercem a atividade no país, desde a educação básica até a educação superior. Estabelecido em 1963, é um reconhecimento da importância do trabalho desempenhado por esses profissionais, que contribuem para a formação e para o desenvolvimento do povo brasileiro.

No Campus Coração Eucarístico o Dia do Funcionário e do Professor da PUC Minas foi comemorado no dia 11 de outubro, no Teatro São João Paulo II. “Comemorar o Dia do Funcionário e do Professor da PUC Minas é comemorar o dia daquele que se coloca à disposição para que o serviço de qualidade, excelência e inovação da Universidade seja realizado. Então, hoje é um dia, sobretudo, de agradecimento a cada um pelo importante trabalho que aqui realiza, pela consciência institucional e pela dedicação ética àquela função que assume na nossa Universidade”, afirmou o Reitor da PUC Minas, Prof. Dr. Pe. Luís Henrique Eloy e Silva. Ele finalizou seu discurso contando uma novidade: haverá recesso para os funcionários do corpo técnico-administrativo do dia 26 ao dia 31 de dezembro de 2023.

O Pró-reitor de Recursos Humanos, Prof. Sérgio Silveira Martins, destacou que esta é uma data que deve ser celebrada, pois é uma oportunidade de reunir todos que fazem parte dessa comunidade. “Esses 65 anos de história tão bonita da PUC não são possíveis sem alunos, claro, mas também sem professores e funcionários. Esse é um momento de sinalização objetiva de quão importante o funcionário também é nesta engrenagem”, disse, ao ressaltar que esse momento de comemoração é também de reflexão.

Além da acolhida institucional, a programação foi composta pela exibição do vídeo comemorativo pelos 65 anos da PUC Minas, uma produção da Secretaria de Comunicação da Universidade por meio da E-motion Audiovisual, e por uma sessão de cinema comentado, com a participação do Prof. Dr. Mozahir Salomão Bruck, Secretário de Comunicação, e do Prof. Dr. Pedro Vaz Perez, Coordenador do Curso de Cinema e Audiovisual da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA). O filme exibido foi Narradores de Javé. O drama, lançado em 2003, foi dirigido por Eliane Caffé e conta a história do vilarejo fictício Javé. Prestes a ser submerso pelas águas de uma represa, seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em "documento científico". Decidem, então, escrever a história da cidade, mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever.

Pedro Vaz destacou que esse filme é de uma época conhecida como Cinema de Retomada, expressão usada para designar o cinema feito no Brasil entre as décadas de 1990 e 2000, quando, após um período de quase estagnação, a estruturação de um sistema de incentivos fiscais favoreceu uma nova fase de fomento à produção cinematográfica. É dessa época clássicos como Auto da Compadecida, Dona Flor e Seus Dois Maridos e Deus É Brasileiro. “É um filme que tem várias camadas, que traz uma discussão profunda, mas, ao mesmo tempo, oferece algo que é muito difícil, que é humor. Eu acho que foi uma escolha muito acertada. A gente vê isso pelas risadas da plateia. Esse é um sinal muito positivo”, analisou.

Mozahir Bruck destacou que essas camadas às quais o Prof. Pedro Vaz se referiu são camadas de memória, já que o filme construído em cima de uma narratividade memorialística que, em geral, é composta por três elementos: lugares, pessoas e acontecimentos. “As memórias individuais alimentam memórias coletivas, e essa memória coletiva, na verdade, é um grande patrimônio simbólico porque, de um modo ou de outro, as memórias são alimentadas por aquilo que nós lembramos, mas muito pelo que os outros lembram”, explicou o professor, que é um estudioso sobre o tema. “A memória tem o passado como objeto, mas a memória é um processo do presente e que, de alguma maneira, parametriza o futuro. Esse é o grande jogo temporal da memória: ela se refere ao passado, mas ela é uma operação do presente e que aponta para o futuro”, finalizou.

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