As eleições de 2018 foram tema de vários eventos no âmbito da Arquidiocese de Belo Horizonte e na PUC Minas. Em outubro, o grão-chanceler da PUC Minas e arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, e os bispos auxiliares da Arquidiocese da capital apresentaram carta com orientações e critérios a fim de auxiliar eleitores na definição de seus candidatos, no segundo turno das Eleições 2018. A carta, com o tÃtulo Bem-aventurados os que Promovem a Paz, abordou dez princÃpios a serem analisados antes da votação.
Confira a carta na Ãntegra.
Durante a apresentação, Dom Walmor afirmou que a carta "é um convite para que lancemos o nosso olhar sobre a sociedade brasileira, onde estamos vendo extremismos e situações de polarizações". Conforme explicou o arcebispo, "precisamos reagir à luz de valores e princÃpios".
Reafirmando que a Igreja não indica candidatos, Dom Walmor ressaltou que "todos os cidadãos e cidadãs têm o direito de fazer suas escolhas e a Igreja trabalha para mostrar os princÃpios que precisam ser defendidos nesse processo de definição".
Campus Coração EucarÃstico
Já em setembro, durante debate sobre os cenários e perspectivas das eleições 2018, o reitor da PUC Minas e bispo auxiliar da Arquidiocese de BH, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, ressaltou o crescimento da concentração de riquezas por um número cada vez menor de pessoas em todo o mundo, o aumento do número de mortes da população vulnerável e a destruição do meio ambiente como frutos de uma economia que mata, utilizando as palavras de Francisco, Papa que tem resgatado princÃpios a partir do que tem sido perdido em uma enxurrada contra valores humanistas. O evento foi promovido pelo Núcleo de Estudos SociopolÃticos (Nesp) da PUC Minas e Arquidiocese de Belo Horizonte e teve a participação do professor da PUC Minas e cientista polÃtico Malco Camargos e do jornalista e comentarista polÃtico Carlos Lindenberg como debatedores, e o professor Robson Sávio Reis Souza, coordenador do Nesp, como mediador.
Dom Mol disse que essa economia que mata é um processo de exclusão que fere a pertença, como se essas pessoas não se integrassem à sociedade. Nesse sentido, completou, os partidos polÃticos brasileiros se encontram distante da causa e da consequência econômico-financeira, longe da crise antropológica na qual a sociedade se encontra. "Não podemos nos esquecer de que há a negação da primazia do ser humano, inclusive nos programas dos partidos", pontuou o reitor, defendendo que "o Estado tem a obrigação de tutelar o bem comum".
Unidade São Gabriel
Também em setembro, aconteceu debate sobre as perspectivas das eleições 2018, na Unidade São Gabriel. O reitor, durante a abertura, mencionou a importância da participação da juventude nas discussões polÃticas, sendo capaz de "dar um rumo interessante nesse processo eleitoral". Mencionou a atenção da população extremamente concentrada nas eleições dos candidatos aos governos estaduais e para a Presidência da República, dando pouca ênfase à s casas legislativas e ao Congresso Nacional.
O debate abrangeu questões como a extrema polarização existente hoje na sociedade, a descrença na polÃtica e os possÃveis cenários de um provável segundo turno. O evento foi realizado pelo Núcleo de Estudos SociopolÃticos (Nesp) da PUC Minas, pela Arquidiocese de Belo Horizonte e pela Unidade São Gabriel. Participaram do debate Orion Teixeira, colunista polÃtico da TV Bandeirantes, Malco Camargos, cientista polÃtico e professor da PUC Minas, Claudemir Alves, professor da PUC Minas e membro do grupo gestor do Núcleo de Estudos SociopolÃticos (Nesp) da PUC Minas, e Lucas Cunha, pesquisador do Centro de Estudos Legislativos do Departamento de Ciência PolÃtica da UFMG.
Leia a Ãntegra do pronunciamento do professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães durante a abertura do evento.